Ângela do Amaral Rangel

NOME Ângela do Amaral Rangel

Elementos biográficos

PAI  António Marcos Vale (?)

MÃE  Custódia Rangel (?)

DATA DE NASCIMENTO c. 1725

LOCAL DA MORTE  Rio de Janeiro

PAÍS/ REGIÃO ONDE NASCEU Portugal (Brasil-Colónia)

PROFISSÃO / CARGO / FUNÇÃO membro da Academia dos Selectos (sessão de 30 de Janeiro de 1752)

DATA DA MORTE  Desconhecida

IDIOMAS Português, Castelhano

Obra

OBRAS IMPRESSAS

in.: SÁ, Manoel Tavares de Sequeira e, Júbilos da América, Lisboa, Manoel Alvares Sollano, 1754

Primeira Máxima Militar

                             Soneto

Já retumba o clarim que a Fama encerra

Na vaga Região seu doce ascenso

De Gomes publicando o alto alento,

Por não caber no âmbito da terra.

Declara, que se está na dura Guerra

Tudo acaba, tão rápido e violento

Que o mais forte Esquadrão, em um momento,

Seus alentos vitais ali subterra.

Vosso Nome sera sempre exaltado,

Que se voais nas asas da Ventura

Vosso valor o tem assegurado.

Porque nos diz a Fama clara e pura

Que outro Herói como vós não tem achado

Debaixo da Celeste Arquitectura.

 

 

Máximas cristãs e políticas

                     Soneto

Ilustre General, Vossa Excelencia

Foi por tantas virtudes merecida

Que sendo já de todos conhecida

Muito poucos lhe fazem competencia

Se tudo obrais por alta inteligência

De Deus a graça tendes adquirida

Do Monarca um afecto sem medida

E do Povo uma humilde obediência

No Católico e na lealdade

Tendes vossa esperança bem fundada

Que na presente, e na futura idade

Há-de ser  a virtude premiada

Na terra com feliz serenidade,

E nos Céus com a glória eternizada.

Bibliografia:

BATISTA, Edilene Ribeiro, “A Produção literária feminina nos séculos XVIII e XIX” Anais do XIV Seminário Nacional Mulher e Literatura / V Seminário Internacional Mulher e Literatura

BLAKE, Augusto Victorino Sacramento, Dicionário Bibliográfico Brasileiro, 1883

CAVALCANTI, Nireu Oliveira, Rio de Janeiro setecentista: a vida e a construção da cidade da invasão Francesa até à chegada da Corte, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004, pp. 220-221.

PEREIRA, Cláudia, Contestado fruto: a poesia esquecida de Beatriz Brandão (1779-1868), Lisboa, Faculdade de Letras – CLEPUL, 2011.

MORAES, Rubens Borba de, Bibliografia Brasiliana

MUZART, Zahidé Lupinacci (org.), Escritoras brasileiras do século XIX, Florianópolis, Editora Mulheres, 1999, p.

SÁ, Manoel Tavares de Sequeira e, Júbilos da América, Lisboa, Manoel Alvares Sollano, 1754.

SILVA, Innocêncio Francisco da, Diccionário Bibliographico Portuguez, Lisboa, Imprensa Nacional, 1858

VARNHAGEN,  Francisco Adolfo, Florilégio da poesia brasileira, 1850

 

Observações

 “parece ter sido a primeira brasileira a publicar seus versos antes de 1822”; “cega de nascença” (apud Cláudia PEREIRA)

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