Madalena da Glória, Soror

NOME Madalena da Glória, Soror

OUTROS NOMES Madalena Eufémia de Vilhena

PSEUDÓNIMO Leonarda Gil da Gama

Elementos biográficos

PAI Henrique de  Carvalho e Sousa, Comendador da Comenda de S. Pedro de Aguiar, Provedor das Obras do Paço, Senhor de Azambujeira

MÃE D. Helena de Távora

LOCAL DE NASCIMENTO Sintra

DATA DE NASCIMENTO 11 de Maio de 1672 (confirmada na folha de tomada de perguntas, onde afirma ter 16 anos)

LOCAL DA MORTE Lisboa

PAÍS ONDE NASCEU Portugal

DATA DA MORTE c. 1760 (ainda vivia em 1759)

ESTADO Freira

DATA DA PROFISSÃO RELIGIOSA  25 de Março de 1688

DATA DOS VOTOS 24 de Dezembro de 1688 (Data da tomada de perguntas. Aí se diz que tinha dez meses de noviciado, mas a contagem dos meses não bate certo)

LOCAL DA PROFISSÃO RELIGIOSA   Convento de  Nossa Senhora da Esperança, Lisboa

CONVENTO Convento de Nossa Senhora da Esperança, Lisboa

ORDEM RELIGIOSA A QUE PERTENCEU Ordem dos Frades Menores (Clarissa)

Obra

OBRAS IMPRESSAS

Astro Brilhante em novo mundo, fragrante flor do Paraíso, plantada no Jardim da America. Historia Panegyrica de Santa rosa de Santa Maria. Lisboa, Pedro Ferreira, 1733.

Novena de Santa Rosa de Sancta Maria. Lisboa na Officina da Musica 1734.

Brados do Desengano, contra o profundo sonmno do esquecimento, em tres historias exemplares, para melhor conhecer-se o pouco que duram as vaidades do mundo. etc Lisboa, por Miguel Rodrigues, 1736; Segunda Parte, Lisboa, Officina da Musica, 1739

Brados do Desengano, contra o profundo sonmno do esquecimento, em tres historias exemplares, para melhor conhecer-se o pouco que duram as vaidades do mundo. etc, Lisboa, por Domingos Rodrigues, 1749.

Orbe Celeste, adornado de brilhantes estrellas e dous ramilhates etc, Lisboa,  por Pedro Ferreira 1742.

Aguia Real, Fenix abrasado e Pelicano amante. Historia panegyrica, e vida prodigiosa do inclyto patriarcha Sancto Agostinho. Lisboa, na Offic. Pinheirense de Musica, 1744.

 Reyno de Babilónia ganhado pelas armas do Empyreo: discurso moral, etc, Lisboa, por Pedro Ferreira, 1749.

OBRAS DESAPARECIDAS

Obsequio de huma alma devota oferecida à Sagrada Imagem do Senhor dos Passos que se venera no Colégio de S. Paulo dos Missionários Ingleses. (Manuscrito referido por Barbosa Machado, volume III, p. 160)

Bibliografia:

AUGUSTO, Sara, “As novelas morais e exemplares de Soror Maria do Céu e de Soror Madalena da Glória” e “A Ficção Alegórica Barroca” A Alegoria na Ficção Romanesca do Maneirismo e do Barroco, Lisboa, Fundação C. Gulbenkian, FCT, 2010, pp. 330-355; pp. 360-463.

BARROS, Theresa Leitão de, Escritoras de Portugal. Génio feminino revelado na Literatura Portuguesa,  Lisboa, Typographia de Antonio B. Antunes, 1924, volume 1,  p. 233.

BELLINI, Lígia, “Vida Monástica e Práticas da Escrita entre Mulheres em Portugal no Antigo Regime”, in Campus Social, n.o 3 / 4, 2006/2007.

BELO, Filomena, Rellação da Vida e Morte da Serva de a Veneróvel Madre Elenna da Cruz por Sóror Maria do Ceo: transcrição do Códice 87 da BN precedida de um estudo histórico, Tese de Mestrado para a Universidade Nova de Lisboa, 1990.

COSTA, António Carvalho da, Corografia Portuguesa, volume III, Trat. 6, cap. 14.

COUTO, Anabela Galhardo, Gli Abiti Neri. Letteratura Femminile del Barocco Portoghese, Roma, Il Filo, 2007.

CRUZ, Dídia Outeiro, A conquista do reino dos céus segundo Madalena da Glória ou Reyno de Babylonia, ganhado pelas armas do empyreo, Tese de Mestrado para a Universidade Nova de Lisboa, 1993.

HATHERLY, Ana, “Sor Juana e Sóror Madalena da Glória”, in CARVALHO, Joa- quim de Montezuma de, Sor Juana Inés de la Cruz e o Padre António Vieira ou a Disputa sobre as Finezas de Jesus Cristo, Lisboa, Vega, 1998.

HATHERLY, Ana, “Tomar a Palavra. Aspectos de vida da mulher na sociedade barroca” Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, nº 9, Lisboa, Edições Colibri, 1996, pp. 269-280.

JESUS, Gertrudes Margarida, Segunda Carta Apologética em favor, e defensa das Mulheres, escrita por dona Gertrudes Margarida de Jesus, ao Irmão Amador do Desengano, com a qual destroe toda a fabrica do seu Espelho Crítico. E se responde ao terceiro defeito, que nelle contemplou, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1761.

MACHADO, Diogo Barbosa, Bibliotheca Luzitana: histórica, crítica e cronológica, Lisboa Occidental, na Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, 1741-1759, volume III, p. 160.

MACHADO, Álvaro Manuel, “Glória, Soror Madalena da” Quem é Quem na Literatura Portuguesa, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1979, p. 56.

MAGALHÃES, Isabel Allegro de (coord.), História e Antologia da Literatura Portu- guesa: Século XVII. Literatura de Conventos – Autoria Feminina, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005.

 MORUJÃO, “Madalena da Glória, Soror” Biblos, Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, Lisboa-São Paulo, Editorial Verbo, 1999, volume 3, pp. 354-355

 MORUJÃO, Isabel Contributo para uma Bibliografia cronológica da Literatura Monástica Feminina Portuguesa dos séculos XVII e XVIII (impressos), Lisboa, Centro de Estudos de História Religiosa, Universidade Católica Portuguesa, 1995, p. 48.

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REIS, Ana Luísa Pêgo Reis, Reino da Babilónia, de Sóror Madalena da Glória : Textos e paratextos (reedição e leitura) Dissertação de Mestrado, Porto, Universidade do Porto, 2010.

REMÉDIOS, Mendes dos (ed.), Escritoras Doutros Tempos: Extractos das Obras de Violante do Céu, Maria do Céu, Madalena da Glória, Coimbra, França Amado, 1914.

SALVADO, António, Antologia da Poesia Feminina Portuguesa, Fundão, Edições J. F. 1980, pp. 56-64.

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